RESÍDUOS DE SAÚDE
REMÉDIOS E LIXO HOSPITALAR: SAIBA COMO FAZER O DESCARTE CORRETO
Descartar corretamente o lixo é muito mais do que uma preocupação com o meio ambiente, é, principalmente, uma questão de saúde pública. No caso de resíduos hospitalares e dos remédios dentro de casa, esse alerta deve ser redobrado.
Agulhas, seringas, gases, algodão, luvas, materiais cortantes, cateteres e muitos outros materiais utilizados em unidades de saúde devem ser descartados em caixinhas amarelas que vemos em farmácias, hospitais, ambulatórios, pronto-socorro, já que podem estar infectados com sangue, urina, fezes, ou com restos de medicação, substâncias tóxicas, radioativas e até inflamáveis.
Já em casa, as sobras de remédios não utilizados em tratamentos, sejam drágeas, pílulas ou líquidos e as medicações com prazo de validade vencidas, também precisam de cuidados especiais. O descarte irregular pode comprometer a saúde da população e contaminar a água e o solo.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), determina regras para armazenar, transportar e destinar corretamente esses resíduos. Segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública), no último ano, 4.518 municípios do país (o Brasil tem 5.570) declararam à Anvisa que coletaram e trataram mais de 256 mil toneladas de resíduos de saúde. As outras 1.052 cidades não declararam a forma como destinaram seus lixos hospitalares, o que contraria as normas vigentes e apresenta riscos à saúde pública, ao meio ambiente e aos trabalhadores da área.
INCINERAÇÃO DOS RESÍDUOS
A incineração é a ação mais executada no Brasil para resíduos químicos como remédios, antibióticos e vacinas e a ação corresponde a quase 59% do destino final, de acordo com dados da Abrelpe. Esse processo na Silcon Ambiental começa com a retirada do lixo dentro dos estabelecimentos de saúde. Diferentemente do lixo doméstico, eles não podem ficar expostos nas calçadas ou em qualquer lugar a céu aberto, e não são recolhidos pelos caminhões de coleta de lixo comum. Os estabelecimentos devem contratar uma empresa especializada no recolhimento desses resíduos que oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente.
Os sacos que armazenam os resíduos de saúde recebem um selo de identificação da Silcon e são colocados em caminhões baú para garantir que sejam descartados corretamente. Ao chegarem na sede da empresa, os sacos são abertos e o material é contabilizado para informar ao gestor de resíduos do estabelecimento que contratou o serviço, o número total de resíduos descartados, possibilitando o controle do consumo dos materiais. Em seguida, o lixo é colocado manualmente em uma esteira onde segue para um grande incinerador, para ser queimado.
ATENÇÃO AOS REMÉDIOS
Não são apenas os resíduos de saúde que merecem atenção. Medicamentos e itens de saúde vencidos ou sem uso também não devem ser descartados no lixo comum, e tão pouco dentro de vasos sanitários ou pias do banheiro como a maioria da população costuma fazer. Essa prática é errada e tem maior probabilidade de contaminar o solo e o lençol freático das cidades.
O correto é encaminhar os remédios em pontos de coleta específicos, que atuam realizando o trabalho de logística reversa como: farmácias, drogarias e unidades básicas de saúde da capital. Esses locais recebem e encaminham os medicamentos da forma correta e sem risco de contaminação. Faça a sua parte e procure um ponto de coleta mais próximo de sua casa.
Comentários
(0 Comments)